Algumas pessoas
me criticam quando falo que sou de esquerda. Eles agem como se eu fosse contra
o capitalismo e a favor da implantação do socialismo ou do comunismo no Brasil.
Mas isso não é verdade. Em minha opinião o capitalismo é a melhor alternativa.
Até mesmo porque o mundo já teve experiências mal sucedidas com o socialismo.
Cuba e União Soviética nos mostraram isso.
No meu caso,
ser de esquerda não significa ser contra o capitalismo. Apesar de não ser
perfeito, acredito que este é o sistema mais apropriado atualmente. Por
exemplo, eu admiro os empresários bem sucedidos, que conquistam seus objetivos
por mérito próprio e que geram empregos e riqueza para o País. Fico satisfeito
quando consigo adquirir alguns bens materiais que só o capitalismo poderia me
oferecer, como um colega me disse uma vez.
Mas por que me
considero de esquerda? Porque sou a favor de algumas coisas que são
naturalmente relacionadas à esquerda, mas que também podem, em alguns casos,
fazer parte do pensamento de algumas pessoas da direita. São elas:
Sou a favor da
descriminalização das drogas, do aborto, do reconhecimento da profissão das
garotas de programa e dos direitos dos homossexuais (união civil, adoção etc.).
Acredito que a interferência do estado nestas questões é um abuso contra as
liberdades individuais.
Sou contra a
intervenção da Igreja no Estado (sou ateu).
Sou contra a
violenta repressão do estado às manifestações por melhores condições de vida.
Sou a favor da
reforma agrária.
Sou a favor da
meritocracia, mas por ter crescido em um ambiente de pobreza, percebi que nem todos
têm as mesmas oportunidades na vida, por isso apóio políticas de fomento a
questões sociais com o objetivo de melhorar a distribuição de renda e fornecer
oportunidades a grupos historicamente excluídos (bolsa família, cotas etc.).
No caso do
petróleo, acredito que, por ser um recurso escasso e estratégico (vide as
guerras por conta desta commodity), deve ser controlado pelo estado, e não
privatizado para empresas americanas e de outros países. Mas reconheço que em
alguns setores a privatização foi positiva.
Enfim, nem
sempre ser de esquerda significa odiar o capitalismo e amar o socialismo.
Obs.: Há um teste interessante no
site da Revista Veja chamado politicômetro que situa a pessoa no campo das
liberdades individuais e da relação entre o estado e a economia. Trata-se de um
questionário com vinte perguntas. Eu fiz o teste e o meu resultado foi o
seguinte:
“Você é um liberal de esquerda.
Acredita que o estado deve intervir em alguns setores da economia, mas defende
que não existam restrições às liberdades individuais.”