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13 de outubro de 2009

Poema: Inconstante

O Grito – Pintura do norueguês Edvard Munch, datada de 1893.*

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A única estrela brilha solitária
Bem alto, quase que ofuscada
Pelo brilho intenso e concorrente
Das luzes da cidade
O frio atravessa minha alma
Cortando como um milhão de navalhas
Meus ouvidos zunem
Com o barulho ensurdecedor
De gritos infinitos
Que parecem vir de todos os lugares
E de lugar nenhum
Minha mente rodopia
Vagando por caminhos desconhecidos
Pensamentos que se despertam
A partir de uma luz repentina
Que surge diante do nada
Abalando a melódica madrugada
Contradições demais
Batidas estremecem meu cérebro e meu corpo
É levado pelo reflexo
De um movimento de arrepio
E de repente a última luz
Torna-se vermelha
A realidade inconstante já não me aflige mais

André Ribeiro de Oliveira


* O Grito (no original Skrik) é uma pintura do norueguês Edvard Munch, datada de 1893. A obra representa uma figura andrógena num momento de profunda angústia e desespero existencial. O pano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista. Fonte: Wikipedia.

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